Série Agilidade: Agilidade a base e por onde começo?

Nos últimos meses, estamos trabalhando muito o tema agilidade, em projetos, mentorias e treinamentos e por isso decidimos começar uma série de artigos para compartilhar alguns pensamentos, experiências, práticas e reflexões sobre esse tema.

Nesse primeiro artigo vamos falar sobre os fundamentos da agilidade e trazer uma reflexão baseado na nossa experiência de como iniciar a aplicação do pensamento ágil e por onde começar dentro das empresas.

Por aqui sempre que nos deparamos com uma nova ferramenta, um novo modelo ou método, aplicamos a lógica de:

  • Entenda
  • Adote
  • Adapte

Todos são importantes, mas entender significa mergulhar nos fundamentos, com foco em obter o máximo de informações para te ajudar no processo de análise se ela pode ou não ser útil para o que você precisa. Seguindo nessa linha e mergulhando nos fundamentos do pensamento ágil encontramos que agilidade está menos ligado com velocidade de entrega e mais conectado com eliminação de desperdício, foco e priorização do trabalho. Vemos isso na fala do criador do Sistema Toyota de Produção.

Taiichi Ohno criador do Sistema Toyota de Produção.

“O desperdício é mais um crime contra a sociedade do que uma perda nos negócios.”

Quando pensamos em desperdício logo vem a nossa mente: alimentos, água, pois infelizmente ainda pecamos muito com relação a isso, mas e quando olhamos para dentro das empresas e mais especificamente dentro de projetos, quanto tempo? Quanto recurso (dinheiro)?  Quanta energia? desperdiçamos diariamente em coisas que não estão alinhadas com a estratégia da empresa e, portanto, geram pouquíssimo valor ou valor nenhum.

Sabemos que é difícil admitir, mas sim, perdemos muito tempo! É aí que entra a base do pensamento ágil. Ele nos ensina que se evitarmos trabalhar em coisas que não são importantes ou vitais, trabalharemos com mais foco e geraremos mais valor para a empresa e seus clientes, e como consequência produziremos mais, gerando a percepção de entregas mais rápidas.

Legal você deve estar pensando que tudo isso, faz todo sentido! Mas e como nós evitamos o desperdício? Como trabalhamos em coisas que realmente importam? A resposta para esses questionamentos é: Priorização! Priorização alinhada ao que gera valor para o cliente, se aplicarmos esses dois princípios naturalmente as entregas serão mais rápidas e acertivas

Avançando um pouco mais no entendimento do pensamento ágil, vamos nos deparar com dois outros pontos:

  1. Presença constante do cliente nas atividades e em todo o processo de entendimento, priorização, desenvolvimento, teste/validação e entrega da solução trabalhada.
  2. Entregas em ciclos constantes e curtos (o tempo pode variar conforme o projeto ou necessidade, mas normalmente são a cada 15 dias) e constantes, ou seja, finalizando o ciclo no dia seguinte se inicia um novo e isso irá se repetir sempre ou até que se tenha um direcionamento do negócio para finalizar os trabalhos.

Agora que já falamos das bases e fundamentos do pensamento da Agilidade, por onde começar a aplicação dentro de uma empresa?

Não tem uma única resposta para essa pergunta, mas uma boa prática é iniciar o trabalho com as pessoas, fornecendo os fundamentos, práticas e ferramentas para que elas se sintam preparadas para contribuir com a operacionalização do modelo, atuando em todos os níveis da organização.

Diretores e Gestores

É importante que todos os níveis hierárquicos da organização tenham contato com esses fundamentos e práticas, incluindo o nível estratégico (Diretores, Gestores Seniores), eles também precisam passar por esse banho de loja, para trazer apoio para os demais colaboradores, e para nivelar o conhecimento por toda a empresa.

Profissionais de Operação

Para os profissionais de nível tático e operacional o trabalho de formação, passa por treinamentos práticos (certificações de mercado são importantes, mas aqui estamos falando de treinamentos, workshops customizados com foco em preparar o profissional para gerar resultados práticos), somado a contratação de profissionais de mercado, que já possuem experiência na aplicação dos modelos e práticas ágeis. Isso gera um ciclo de trocas muito positivo entre a cultura da empresa (com os profissionais da organização) e as boas práticas de mercado (com os novos colaboradores).

Seleção de Projeto ou Área

E por último e não menos importante, para se ter sucesso na adoção do pensamento e práticas ágeis dentro da organização, vale a máxima de pensar grande e começar pequeno, ou seja, pense que um dia toda a organização trabalhará sob ótica da agilidade, mas inicie com uma pequena área, ou projeto pequeno, que não gere grande impacto na empresa.

É natural que no início algumas coisas funcionem bem e outras nem tanto, esse é um momento de aprendizado e ajustes, que serão aprimorados para ser incorporado já nessa área ou projeto e todo esse aprendizado será aplicado para a expansão do modelo para outras áreas, tudo isso seguindo um roadmap de adoção da prática e esse ciclo se repete sempre que se inicia uma nova área ou novo projeto.

Esperamos que esse artigo tenha ajudado com algumas dicas e reflexões.

No próximo artigo, vamos abordar o trabalho das Squads e o compartilhamento de profissionais em modelos ágeis.

Até lá!

Compartilhe

Últimos Posts

ícone innova thinking

Sobre a Innova

Uma escola formada por pessoas que tem como objetivo e propósito ajudar pessoas e empresas no processo de transformação, simplificando o que é complicado, ensinando na prática e colocando a mão na massa para minimizar o impacto das mudanças dentro das organizações e conectando com o que ainda está por vir.

Conheça Nossos Treinamentos

Seja Nosso
Parceiro

Estamos aqui se precisar